Uma Incrível e Fantástica Visão de Moisés

Autor: Carlos Joel Fortes de Lima
Deus deu a seguinte ordem para Moisés: “Sobe […] ao Monte Nebo, […] e vê a terra de Canaã, que darei aos filhos de Israel por possessão. E morre no monte, ao qual subirás; e recolhe-te aos teus povos” (Dt. 32: 49, 50).
Deus sempre tratou o seu povo com uma mistura de amor e misericórdia, mas sempre imparcialmente justo.
Quão diferente é o ser humano! Estamos tão acostumados a conviver com injustiças, que já nem ficamos mais indignados.
A grande bondade de Deus é descrita assim: “Como a águia desperta o seu ninho, se move sobre seus filhos, estende suas asas, toma-os, e os leva sobre as suas asas, assim só o Senhor os guiou” (Dt. 32: 11, 12).
Apesar da misericórdia e amor de Deus, Moisés deveria ser punido, por ter batido na rocha duas vezes, pois "ao culpado não terá por inocente" (Êx. 34: 7).
No dia do Juízo dirá aqueles que rejeitaram a sua misericórdia: “Apartai-vos de Mim, malditos” (Mt. 25: 40).
Para mim, Moisés é um líder incrível, quase não se faz mais líderes como ele. Apesar de saber que ia morrer, “nem por um momento sequer vacilou em seus cuidados por Israel” (Patriarcas e Profetas, p. 345).
Muitas e muitas vezes Moisés saiu para ter comunhão com Deus, mas agora era bem diferente, ele “devia subir no cume do Monte Nebo, para entregar a vida nas mãos de seu Criador” (Idem).
Moisés deixou a congregação em silêncio e sozinho pôs-se a subir “ao Monte Nebo, ao cume do Pisga” (Patriarcas e profetas, p 344).
Apesar das grandes provações que passou com o povo de Israel, Moisés adquirira uma grande experiência no deserto. Testemunhou ao vivo as manifestações do poder e glória de Deus” e “entendia ter uma sábia decisão, preferindo sofrer aflição com o povo de Deus, a desfrutar por algum tempo o prazer do pecado” (Patriarcas e Profetas, p. 345).
Que lição importante podemos tirar para nós. Será que vale a pena gozar os prazeres transitórios do pecado e perder a vida eterna?
A nossa vida passa tão rápida e nós quase voamos; é como uma neblina que aparece e logo desaparece, é como uma flor que se abre, mas logo já murcha.
Moisés reconhecendo seu pecado, confessou e implorou o perdão em nome de Jesus.
Então, lá do cume do Monte, ele teve revelações incríveis. Contemplou uma visão panorâmica da terra da promessa. Foi lhe mostrado como se tornaria com a bênção de Deus, sob a posse de Israel. Parecia estar a olhar para um segundo Éden. Moisés viu o povo possuir a terra prometida, a apostasia de Israel, o cativeiro do povo, viu o primeiro advento de Jesus, a criancinha de Belém, os anjos cantando, viu a estrela guiando os magos do oriente, contemplou a humilde vida de Jesus em Nazaré, seu ministério de amor, sua rejeição por uma nação orgulhosa e incrédula. Viu Jesus sobre o Monte das Oliveiras ao despedir-Se com pranto da cidade que ele amava.
“Quando Moisés contemplou a rejeição final daquele povo tão altamente abençoado pelo Céu, povo por quem havia labutado, orado e se sacrificado, por amor do qual estivera disposto a que seu próprio nome fosse riscado do livro da vida, quando ouviu aquelas terríveis palavras: “Eis que a vossa casa vai ficar deserta” (Mt 23: 38), seu coração contorceu-se de angústia, e lágrimas amargas lhe caíram dos olhos, compartilhando da tristeza do filho de Deus” (Patriarcas e profetas, p. 346).
Moisés em visão seguiu a Jesus no Getsêmani, “viu a agonia no horto, a traição, a zombaria e os açoites, e a crucificação” (Idem).
“Mágoa, indignação e horror encheram o coração de Moisés, ao ver a hipocrisia e ódio satânico […] contra seu Redentor, o poderoso Anjo que havia ido adiante de seus pais” (Idem), na coluna de fogo para aquecer, guiar, proteger e iluminar no gélido deserto durante a noite e na sombra para os refrescar do escaldante calor durante o dia.
Ouviu o grito agonizante de Cristo: “Meu Deus, Meu Deus, por que Me desamparaste?” (Mc 15: 34). Viu Jesus morrer, ressuscitar, subir para os Céu acompanhado por anjos em adoração, e levando uma multidão de cativos.”Viu as portas resplendentes abrirem-se para O receberem, e a hoste celestial com cânticos de triunfo dar as boas-vindas ao seu Comandante. E aí foi-lhe revelado que ele mesmo seria um dos que serviriam ao Salvador, e abrir-Lhe-iam as portas eternas. Olhando para aquela cena, seu rosto resplandeceu com um santo brilho. Quão pequenas pareciam as provações e sacrifícios de sua vida, comparados com os do Filho de Deus! Quão leves em contraste com o “peso eterno de glória mui excelente”! (II Cor 4: 17). Regozijou-se de que se lhe tivesse permitido, mesmo em pequena medida, ser participante dos sofrimentos de Cristo” (Patriarcas e Profetas, p. 347).
“Moisés contemplou os discípulos levando o evangelho ao mundo e “todos os que por meio de Cristo devessem tornar-se filhos da fé, seriam contados como semente de Abraão; eram herdeiros das promessas do concerto; como Abraão eram chamados a guardar e tornar conhecidos ao mundo a lei de Deus e o evangelho de seu filho” (Idem).
Moisés viu os judeus rejeitarem a Cristo. Viu o mundo enquanto professa aceitar a Cristo rejeitam a lei de Deus. Viu o Sábado pisado a pés e uma instituição espúria estabelecida em seu lugar. Novamente Moisés se encheu de espanto e horror. Como poderiam aqueles que criam em Cristo rejeitar a lei proferida por Sua própria voz sobre o santo monte? Como poderia qualquer que tema a Deus pôr de lado a lei que é o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra? Com alegria Moisés viu a lei de Deus ainda honrada e exaltada por uns poucos fiéis. Viu a última grande luta dos poderes terrestres para destruir os que guardam a lei de Deus. Olhou antecipadamente para o tempo em que Deus Se levantaria para punir os habitantes da Terra. [...] Viu a segunda vinda de Cristo em glória, os justos mortos ressuscitados para vida imortal e os santos vivos trasladados sem ver a morte, justos ascendendo com cânticos de alegria para a cidade de Deus” (Patriarcas e Profetas, p. 347-348).
Viu a Terra livre da maldição do pecado, sem morte, mais bela do que nunca e o israel espiritual de Deus entrando na boa terra.
Cessa então a visão e seus olhos repousam sobre a terra de Canaã, que se estende a distância. Então, como um guerreiro cansado, deita-se para repousar. Assim morreu Moisés.
“Os anjos de Deus sepultaram o corpo de Seu fiel servo, e vigiavam a solitária sepultura.
Se a vida de Moisés não tivesse sido manchada por aquele único pecado, deixando de dar a Deus a glória de tirar água da rocha, em Cades, e teria entrado na terra prometida, e seria trasladado para o Céu sem ver a morte. Mas não ficou muito tempo no túmulo, pois o próprio Cristo com os anjos que sepultaram Moisés, desceu do Céu para chamar o santo que dormia. Moisés saiu do túmulo glorificado, e ascendeu com seu Libertador à cidade de Deus. No cume de Pisga, Deus chamou Moisés a uma herança infinitamente mais gloriosa do que a Canaã terrestre.
Que história impressionante, essa de Moisés, que foi tão altamente honrado pelo Céu!
Moisés representa os justos mortos, que ressuscitarão e subirão para o Céu e Elias, representa os justos vivos que não passarão pela morte, quando Jesus vier pela segunda vez para buscar os seus queridos.
Que a experiência pela qual Moisés passou, possa manter viva essa esperança dentro de nós, de um dia, assim como ele, estarmos para toda a eternidade junto com Jesus, pois certamente recompensará os seus servos fiéis com a vida eterna!
Vale apena esperar com paciência, aquele dia tão aguardado! 

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